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Carnaval nos meus tempos

máscara de carnaval

Nessa época de pandemia e sem carnaval, pus-me a lembrar dos velhos carnavais em Guaxupé, minha terra querida, onde agora quase não tenho ido, medrosa que estou em ver meus entes amados e ao mesmo tempo expor a mim e a eles ao perigo.

Carnaval no meu tempo, isso têm anos corridos, era uma festa bem diferente de agora, pelo menos pelas notícias que me chegam porque há muito ando preguiçosa com multidão, som alto e falta de limites. E isso vem bem antes desse covid.

No meu tempo, isso têm décadas passadas, a gente esperava ansiosas por essa festa, eu e minhas irmãs. Corríamos atrás de adereços, ingressos para bailes e assistíamos aos desfiles. Era uma diversão gostosa, sem bebedeira, sem falta de noção.

Às vezes rolava lança-perfume, mas nem perto passávamos. Nossa alegria era pular e dançar, rodar o salão, e encontrar alguém que a gente queria, pois no meu tempo não tinha essa de beijar vários no mesmo dia.

Tenho saudades dos carnavais antigos, mesmo quando sonhos e planos não davam certo. A gente sofria, chorava e sabia que a vida é assim, nem sempre quem você gosta é quem gosta de você e a roda girava, o trenzinho corria, o salão se enchia.

E de repente você também mudava de ideia, encontrava alguém que sorria e o carnaval ficava na história.

Essas são lembranças boas, embora há muito não topo com nenhum desses que rodavam comigo o salão. Hoje são apenas memória.

Campinas, 15/02/2021

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